A poeta Safo viveu na Ilha de Lesbos, na Grécia, durante o período de 6 a.C. Seus poemas remetiam ao seu cotidiano enquanto lésbica e as relações entre mulheres. Na época as relações homossexuais eram comuns no país grego, então os escritos de Safo não causavam escândalo. Apesar de ser referência da palavra lésbica, que significa “da Ilha de Lesbos”, alguns poemas de Safo traziam personagens que pareciam ser suas relações com o sexo masculino. No entanto, não há consenso sobre a veracidade disso.
A poesia de Safo foi uma das poucas referências antigas de autoria de uma mulher a avançar pelo tempo. Apesar disso, a maioria de seus poemas se perdeu, assim como de outros poetas da Antiguidade. Seu único poema conservado integralmente é Ode a Afrodite. Porém ela foi condecorada ainda em vida, e era respeitada como poetisa. Na época, ser retratada em uma cerâmica era um grande destaque na Grécia, e Safo conseguiu esse feito.
Estudiosos afirmam que pouco se sabe sobre a vida de Safo. Alguns escritos comprovam que ela era de uma rica família aristocrática que residia em Mitilene, na Ilha de Lesbos. No entanto a família teve que se exilar na Sicília devido às suas posições políticas.
Dedicada ao público feminino, ao voltar do exílio, Safo abriu uma escola somente para mulheres. Na época, apesar da compreensão sobre a homossexualidade, as mulheres não tinham acesso aos estudos. Em sua escola, Safo ensinava filosofia, música, dança e arte.
Apesar de ser uma referência lésbica, os poucos escritos sobre a vida de Safo e as poesias que se perderam deixam obscura a questão da sexualidade da poetisa. Somente a partir do século XIX foram descobertos alguns poemas que se referiam às mulheres discípulas de Safo, ou suas amigas, com um certo afeto. Por outro lado, outros pesquisadores literários acreditam em outros fragmentos que se referem à homens, e poemas homossexuais de outros poetas atribuídos a Safo.