Redação Lado A | 12 de Fevereiro, 2010 | 12h31m |
Lee Daniels, diretor do filme revelação do ano, indicado a seis categorias do Oscar 2010, Preciosa, conta que também foi vítima de abuso em casa ao assumir a sua homossexualidade. Filho de pai policial, na Filadélfia, Daniels aprendeu cedo o que é o preconceito, ainda dentro de casa. “Ele me batia. Sei que me amava, mas achava que um cara negro e gay não ia sobreviver”, “Meu pai podia ter ido para a prisão pelo que me fez, mas ao mesmo tempo me tornou durão. Eu nunca desisto. Nunca mesmo”, afirmou o diretor para o jornal The New York Times.
Antes dos 20 anos, Daniels se mudou para Los Angeles e acabou criando um negócio de home care após receber a herança de um namorado. Aos 21 anos já era rico e começou a investir no ramo de agenciamento de atores. Para mudar a inserção dos negros no cinema, abriu sua própria produtora, a Lee Daniels Entertainment, que produziu o filme “A Última Ceia” (2001), que rendeu a Halle Berry o primeiro Oscar de melhor atriz a uma negra. A empresa fez ainda a campanha de Bill Clinton para o eleitorado negro.
O projeto atual, Preciosa, baseado no romance Push, mostra uma personagem onde é possível ver o pequeno Daniels, assim como milhões de negros (ou gays) norte americanos vítimas do preconceito e subjugados pela sociedade e pelos pais.
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