Parada da Diversidade de Curitiba 2006
Entre 90 e 100 mil pessoas, segundo a organização do evento. Menos de 50 mil, segundo alguns jornais da capital, mais de 100 mil, segundo outros. A Gazeta do Povo -on-line – chegou a noticiar 10 mil, dado confirmado no relatório da Polícia Militar. As fotos não mentem, era muita gente. Bem mais que no ano passado, quando a PM divulgou 12 mil.
Toda a quadra em frente a Praça do Homem Nu e a própria praça estavam tomadas. A imagem dos 10 carros na avenida Cândido de Abreu, passando pelo Shopping Muller em direção ao Centro Cívico emocionava.
Era como se o protesto fosse feito diretamente ao prefeito, ao governador, aos juízes que trabalham naqueles prédios durante a semana. E, como sempre, não havia um retorno destas reclamações. O silêncio de um lado e o barulho de outro eram poéticos, proféticos.
A Parada da Diversidade foi mais uma vez sucesso pois, querendo ou não, estavam todos juntos em um só voz: “Respeito Sim, Discriminação, Não”. 10 mil ou 100 mil? Não importa, o que importa é que gays morrem pelo preconceito, todos os dias (quinta, mais uma travesti foi assassinada na cidade de Curitiba). E continuam a morrer, por falta de uma lei que puna esses crimes de forma exemplar.
Comentários
Palanque
Nem mesmo ano eleitoral chamou os políticos da capital. O deputado federal Dr. Rosinha, do PT, apareceu por lá, a exemplo dos outros anos. Também passaram por lá o deputado estadual Padre Paulo e a vereadora professora Josete.
Minc
A desorganização do Ministério da Cultura fez com que paradas como a de Curitiba, entre outras, ficassem sem financiamento deste organismo. A APPAD, ong que gerencia a Parada de Curitiba não sabe como fará para cobrir os gastos.
Gatíssimos
Se faltaram homens de sungas sobre os carros de som (haviam poucos este ano), sobraram jovens bem vestidos e bonitos na avenida. Nem São Paulo tinha tinha gente bonita quanto a Parada da Diversidade de Curitiba.
Cachorros
Um grande número de canídeos foram com seus donos à Parada. Tinha de todos os tamanhos e raças.
Também é gente?
Não foi um apenas. Algumas pessoas que pegaram o microfone soltaram a sórdida frase: “nós também somos gente”… o pessoal não gostou muito.
Maitê?
A transexual Maitê Schneider não puxou a parada deste ano. Ela pediu afastamento do evento há alguns meses. Algumas pessoas sentiram falta da moça, outras não.
Mijando no Poder
E pela falta de banheiros públicos ou químicos, os mais apertados poderiam escolher entre um dos 3 poderes…
Para Jesus
A falta de estrutura também atrapalhou o pessoal que sempre aproveitava a festa para beber. Este ano, não vimos nenhum bêbado e o povo estava para lá de comportado. Parecia até a Marcha para Jesus…
Confira nossas fotos na seção Paradas 2006