“O luxo não é o oposto da pobreza. É o contrário da vulgaridade.” Gabrielle Chanel
Paris vive uma verdadeira festa sempre que começa a semana de Alta Costura da capital francesa. Ela mostra para o mundo todo glamour, sofisticação e luxo que os estilistas são capazes de criar através de uma roupa feita sob medida.
O seleto grupo de maisons de Alta Costura vive um novo momento desde a década de 90, gerado pelo glamour das celebridades que pisam no red carpet e a entrada de John Galliano para o clã do “grand-monde” da costura. Os dois estilistas são os grandes responsáveis pelo resgate do prestígio da Alta Costura, que viveu seus anos de ouro com Madeleine Vionnet, Cristóbal Balenciaga e Christian Dior nos anos 50. Atualmente, estima-se que o número de compradores no mundo não chegue a 500. Para se ter uma idéia do declínio gerado pela explosão do prêt-à-porter, em 1947 esse número era aproximadamente de 15.000 clientes.
Mais do que um estilo de moda reservado a poucas e ricas clientes, e que faz circular anualmente milhões de dólares, a Alta Costura é o ideal de estilo de todos os profissionais de moda. É o exercício de todo estilista na procura pelo “caimento perfeito”. Ou simplesmente como definiu Dior: “…arte do bem-feito, o senso do infinito…”
Este é um universo estritamente de roupas femininas, entretanto é da mão dos estilistas gays que saem as grandes obras. Jean Paul Gaultier, John Galliano (para a Dior), Karl Lagerfeld (para a Chanel) e Valentino, que aposentou as tesouras em março deste ano, atraem a atenção do mundo para suas criações aparentemente absurdas, mas que na verdade empregam conceitos e propostas daquilo que vai ser tendência e virar a “última moda”.