Em 2006, duas transexuais estavam no supermercado Carrefour da Avenida Salim Farah Maluf, em São Paulo, quando dois funcionários fizeram piadas delas. “Olha, a sua namorada chegou, falou um deles para o outro” e deram risadas. Além de serem apontadas e observadas como suspeitas por outros funcionários do local. Com base na Lei Estadual nº 10.948/01 do Estado de São Paulo, que pune atitudes homofóbicas, as duas foram à Justiça que divulgou na semana passada a sua decisão final. O Carrefour terá que pagar R$ 14.880 a título de multa, que vai ao fundo estadual de combate à discriminação por orientação sexual. Outro processo corre por danos morais.
Em Piracicaba, Douglas Eduardo Gomes da Silva, foi vítima de chacota por um segurança do local que chegou a ameaçá-lo fisicamente. Ao reclamar com o gerente, ouviu no rádio o comentário “tem um viado aqui criando problema”. O mesmo advogado das transexuais cuidou do caso e por causa da reincidência, o Carrefour foi condenado a uma multa de R$44.640. A mesma lei contra a homofobia foi utilizada de argumento pelo advogado Dimitri Sales, que cuidou dos casos. Ainda cabe recurso neste ação.