Conto Erótico: Edifício Lambert ep.01

Alerta: o texto abaixo possui narração de sexo explícito, termos chulos e conteúdo impróprio para menores de 18 anos.

Andei depressa cruzando a Praça Osório, em passos largos, naquele sol de dezembro, o qual estava me deixando cansado. Não agüentava mais conviver com os meus companheiros de escritório falando sobre mulheres e suas farras ilusórias, pois tinha a plena convicção que eles não passavam de velhos babões com uma vida sexual totalmente medíocre. Porém, aquele ar-condicionado do trabalho seria agora muito bom para aliviar o calor que estava sentindo. Depois de algumas quadras, cheguei ao Edifício Lambert para ver um apartamento. Enquanto conversava com o porteiro chegou um garoto com o mesmo objetivo. Aparentava estar nervoso, com um cigarro na boca e mascando um chiclete freneticamente. Usava uma calça jeans surrada, uma camiseta justa de marca e um All Star cano alto preto. Logo reparei um anel no polegar. O meu gaydar apitou naquela hora, mas eu só estava interessado em ver o imóvel. Era o meu horário de almoço e eu tinha que voltar ao escritório.

Quando o porteiro me deu as chaves, o garoto entendeu que era o mesmo apartamento. Ele olhou para mim de cima a baixo em um tom desafiador, como me avaliasse. Isso me irritou um pouco. Quando eu  entrava no elevador, o porteiro me perguntou se o garoto não poderia me acompanhar na visita. Sem olhar para trás eu disse que sim e logo escutei os passos dele às minhas costas. O prédio era antigo e a decoração era cafona, alguns quadrinhos antigos e empoeirados na parede, com paisagens campestres. Quando a porta do elevador abriu, saiu um casal de idosos que se locomoviam com muita dificuldade. Logo percebi que era um condomínio habitado por velhos, isso seria um problema, pois eu e Leandro (meu namorado) já tínhamos problemas com a nossa vizinha, uma senhora sozinha e rancorosa. Talvez a vida tenha sido muito amarga com ela ou era preconceituosa mesmo, pois sempre que podia ela vazia reclamações nas reuniões de condomínio ou fofocas nos corredores sobre nós. Eu estava contando os dias para ela bater as botas, mas o Leandro, politicamente correto, a tratava bem mesmo assim.

O elevador fazia um barulho estranho e tremia um pouco. O garoto ficou olhando fixamente para os números do painel com o seu cigarro na boca, mas não seria eu, um ex-fumante, que iria me incomodar com o cigarro dele. Tirei uma Aspirina do bolso e a mastiguei, pois todo aquele calor estava me dando dor de cabeça. Quando chegamos ao andar, abri a porta do apartamento e fui entrando e deixei aberta para ele. 

– Faz tempo que você mora em Curitiba? Perguntei para quebrar o gelo entre nós.
– Alguns meses, mas já percebi que essa cidade é uma merda.

Como eu não discordava e nem concordava totalmente dei uma risadinha e fui ver a vista do apartamento, mas o que me chamou atenção foi que o seu sotaque, parecia ser paulista.

Enquanto eu fui verificar os quartos ele ficou na sala vendo a vista do Centro da cidade, parado na janela. Os quartos eram de bom tamanho e a suíte tinha uma banheira antiga, porém bem grande. Os móveis estavam detonados e as cortinas estavam amareladas. Quando eu voltei para sala, ele ainda estava na janela olhando para o infinito e ainda fumando o seu cigarro. Sem que ele percebesse, olhei para suas costas com mais atenção. Tinha mais ou menos 1,75m de altura, magro e com um belo par de bundas que se destacavam em suas calças. Seus cabelos pretos contrastavam com a sua pele branca. Comecei a ficar interessado nele.

– Por que está procurando apartamento? Está morando aonde? Perguntei para ele com um tom amistoso.

Ele jogou a bituca pela janela e me olhou com os seus lindos olhos negros, os quais ainda eu não tinha reparado. Não consegui esconder o meu olhar fixo em seu rosto, fiquei hipnotizado por ele no mesmo instante.

– Moro com o meu primo, mas não está dando mais certo. Estou pulando fora. Ele me respondeu com um jeito maroto e desleixado.
–  Quantos anos você tem? Veio estudar em Curitiba?
– 18 anos, passei no vestibular aqui… Não agüentava mais os meus pais em São Paulo, na real… Não importava o curso que eu passasse, só queria ir para longe. Estou fazendo administração e estou odiando. E você?
– Tenho 27, acabei de me formar em Direito.

Percebi algum tipo de interesse também. Aquele olhar me incomodava e parecia que ele fazia de propósito. Ele sorriu e passou a mão em sua barriga levantando um pouco a blusa. Confesso que naquela hora tudo estava ficando mais interessante. Os meus problemas, o meu namorado, aquele calor… Todos desapareçam.

Algo estava no ar e eu não sabia como agir. Fui para cozinha, mas nem prestei atenção em nada. Minha cabeça estava super acelerada. Tinha que pensar em algo rápido. Enquanto isso ele foi verificar os quartos. Escutei os barulhos das portas dos guarda-roupas e de uma janela se abrindo.

Voltei para o quarto. Novamente ele estava olhando a vista, agora da lateral do prédio que dava para uma construção vizinha. Ele fechou a janela e as cortinas e olhou para mim com um olhar maroto. Visivelmente ele já tinha percebido que eu estava afim.
 
Em uma fração de segundos estávamos se beijando. Os beijos se encaixaram e foram ardentes. Tirei a camiseta dele e o joguei naquela velha cama que não era usada há muito tempo. Caí sobre ele e comecei a lamber seu peito direito, no qual havia um piercing. Ele gemia e puxava os meus cabelos enquanto eu fui descendo por aquela barriguinha lisinha até a braguilha da sua calça. Percebi que ele estava totalmente excitado. Deixei-o deitado, tirei seus tênis e abri o cinto e com um modo bem safado fui tirando suas roupas. O menino era perfeito. Fui subindo por suas pernas até chegar em suas bolas, lhe fiz um belo boquete. Percebi que ele estava quase gozando, e eu nem havia começado. Virei ele de bruços e fiquei boquiaberto com aquelas nádegas. Ele sabia que tinha uma bunda formosa e fazia questão de empinar ela para mim enquanto eu tirava a roupa. Achei uma velha camisinha que tinha na carteira e deixei de canto. Fui ao encontro daquele bunda dando-lhe varias mordidinhas. Estava em estado de êxtase e lhe fiz um belo cunete, o menino gemia e se retorcia na cama enquanto eu o segurava. Subi minha língua do Cox até a sua nuca, mordi o seu ombro esquerdo e mandei um beijo gostoso em sua boca. Nesse momento ele já sentia o meu pau encostando-se ao seu corpo. Enquanto eu o beijava ao mesmo tempo procurava a camisinha perdida em algum canto da cama. Ele se virou e abocanhou o meu pênis em um só golpe. Eu estava nas alturas, que chupada gostosa e aveludada. Conduzia-o pelos cabelos e ele engolia tudinho. Deitei-o na cama com o meu pau na sua boca e o coloquei de frango assado. Vesti a camisinha, lubrifiquei o seu cuzinho com a minha saliva e literalmente entrei dentro dele com muito prazer. No começo ele gemia um pouco e me segurava, mas depois de alguns minutos ele já tinha acostumado com o meu pau. Ergui uma de suas pernas por cima do meu ombro e comecei a meter freneticamente. O garoto me olhava mordendo os seus lábios sentindo puro prazer. Dei-lhe um beijo e o virei de quatro. Seu rabinho estava arrebitado e seu ânus piscava para mim. Meti de uma vez só. Ele gritou em um berro de dor e excitação enquanto eu segurava sua cintura. Pronto, ele estava entregue, rebolava e gemia com gosto. Que visão linda eu tinha , possuindo aquele garoto já ruborizado de tanto tesão.

Seu corpo já estava molhado do seu próprio suor enquanto eu passava a mão em suas costas.  Puxei seus cabelos e ele olhou para mim com uma cara de safado, posicionei o ser corpo bem próximo ao meu e comecei a bombar forte. Depois de alguns minutos percebi uma grande poça de porra em cima da cama, ele já tinha gozado com o meu cacete sem eu tocá-lo. Tirei para fora e dei uma bela gozada em sua bunda branquinha e lisinha. Nós estávamos suados e se beijamos.

Ele me abraçava com vontade e sorria para mim. Eu estava me sentindo no céu. Pode parecer cafona mais a música que veio à minha cabeça foi Cheek to Cheek do Frank Sinatra e a sua letra. Ele pegou um cigarro e assoprou dentro da minha boca. Eu havia só parado de fumar por causa do Leandro, que era totalmente contra o cigarro, preocupado com o aquecimento global e brigava comigo quando eu jogava a bituca de cigarro na rua. Peguei um de sua carteira e fumamos juntos, nada melhor que uns bons tragos depois de uma bela gozada.

Ficamos mais um tempo abraçados, o garoto se vestiu vagarosamente e eu coloquei as minhas roupas. Ele entrou sozinho no banheiro e demorou alguns minutos, enquanto fiquei deitado na cama esperando ele sair se recuperando daquele prazeroso esforço.

– Vai ficar com o apartamento? Perguntei.
– Não, é muito grande para mim.
– Qual é o seu nome gatinho?
– Ricardinho e eu te acho gatão. Respondeu ele batendo a porta e indo embora.

Fiquei sem reação na hora, permaneci mais um tempo no apartamento e a minha aliança pesava em minha mão. Lavei o rosto e voltei para aquele monótono escritório, com aqueles velhos gordos e rabugentos. Eles até me perguntaram se eu tinha tido um bom almoço. Eu com um sorriso respondi que tinha comido muito bem. E eles voltaram com aquele mesmo papo diário sobre as mulheres que eles pretendiam transar… Doce ilusão, pois eu sabia que a única mulher pelada que eles tinham visto nos últimos meses era a foto de alguma revista pornográfica em uma masturbação noturna e solitária depois de um jogo de futebol.

Voltei para casa, liguei a televisão e abri uma cerveja esperando o Leandro chegar do seu curso de reciclagem de alguma coisa, para falar a verdade nem me lembro o que era – algo ecológico – um assunto que eu finjo mostrar que me importo para não desapontá-lo. Deixei a latinha já do lado da pia, pois sabia que ele iria querer separar e fui tomar um banho para dormir. Na realidade não queria encarar o meu namorado, pois na minha cabeça só existia aquele garoto, que tinha me dado uma tarde deliciosa.
 
Continua…

Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa