Ficou decidido por decisão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que o casal de mulheres formado por Nádia Michele e Kelly Gonçalves permanecerá no assentamento Celso Furtado. Ainda no início desta semana as duas haviam feito uma denúncia alegando que líderes do assentamento teriam as expulsado sob suspeita de homofobia e ocupação ilegal. De acordo com o portal Terra, o Incra realizou uma reunião com coordenadores do assentamento, representantes de sindicatos e até o próprio casal de mulheres, onde ficou decidida a reintegração do casal no assentamento.
Segundo Laércio André Noshang, coordenador-adjunto do Incra em Andradina, a expulsão do casal resultou de uma disputa com outra família, que reivindicava direito sobre o terreno ocupado por Nádia e Kelly. Para ele, não teve nada a ver com homofobia. “Será feito um levantamento para saber qual das duas famílias terá direito a este lote específico. Mas o fato é que as duas serão fixadas no assentamento”.
O casal alega ainda ter feito benfeitorias na casa além de terem deixado seus pertences na ocasião do incidente. “O que importa é que não podíamos ser penalizadas somente por conta da nossa preferência sexual”, afirma Nádia.