Para muitos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais o dia 17 de maio é um marco não somente por ser afirmado como o Dia Internacional de Combate à Homofobia, mas por ser um dia de respeito às diferenças. Este dia foi escolhido devido à retirada da homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças, conseqüência da Assembléia Geral da OMS, realizada nesta data no ano de 1990.
A sociedade heteronormativa que impõe comportamentos, sufocando a diversidade sexual, ganha com a luz de uma futura igualdade entre gays e heteros. Infelizmente ainda temos que escolher um dia específico para representar algo que na sua normalidade deveria ser considerado corriqueiro. De qualquer forma muito já avançamos a este respeito e muito ainda há o que se fazer em torno das diversidades existentes em todos os setores. De qualquer forma, o dia 17 de maio exite para plantar o respeito e a consciência nas pessoas, o que já é válido.
Para Carlos Antônio, 40, médico, antes dos anos 90 tudo mais complicado. Assumir a sexualidade era como ainda é um tabu na sociedade, porém, hoje, com as facilidades de internet, televisão, tecnologias variadas, tudo fica mais simples. “Antigamente você dizer em público que era gay, era considerado um doente, parece que tinha uma moléstia, hoje não, anormal é não dizer que é, rs!”.
Carlos admite que os tempos mudaram e há uma grande banalização quanto ao sexo, sente falta dos anos anteriores onde se havia um certo pudor, embora a sociedade fosse mais conservadora. “Tenho lembranças boas de anos passados, as pessoas eram de certa forma mais puras, agiam com certa inocência, hoje é cada um por si, o sexo já não é mais um complemento e sim fator principal de importância”, conclui.
É importante lembrar que o dia 17 de maio é considerado um grande passo na humanidade, mas ainda há muito o que se fazer. A conscientização é a chave de tudo. Devemos cada vez mais explorar o lado positivo de ser homossexual e levar para todas as classes o sentimento de respeito às diferenças. Só assim poderemos educar as novas gerações para o respeito ao próximo, a valorizarem as pessoas não pelo com quem fazem sexo mas por suas atitudes e caráter.