Em declaração nesta semana, a Associação de Psicologia Americana (APA) reafirmou repudiar os profissionais de saúde mental que prometem tratamentos para a “cura” de homossexuais. Ou seja, aquele profissional que oferece tratamento para “transformar” um paciente gay em hetero. A resolução com esses princípios foi aprovada por 125 votos contra 4 durante convenção da APA, realizada este ano em Toronto, no Canadá.
Foi preparado ainda um relatório que envolveu dois anos de pesquisa e 150 profissionais afiliados, onde eles (os profissionais) manifestam forte oposição ao que eles chama de “terapia reparadora”, que busca a mudança da orientação sexual.
Outra parte do relatório de pesquisa, ainda afirma que este tipo de esforço para a mudança da orientação sexual do paciente pode gerar uma depressão e até tendências suicidas do paciente. O relatório trata com detalhes a questão de como terapeutas devem lidar com pacientes gays que lutam para permanecer fiéis a crenças religiosas que desaprovem a homossexualidade.
Um exemplo deste tipo de desaprovação no meio de psicologia foi a punição pública aqui no Brasil da psicóloga Rozângela Alves Justino, que prometia a “cura” para pacientes homossexuais. O Conselho Federal de Psicologia concluiu que a profissional infringiu o Código de Ética da Psicologia e uma resolução do conselho, de 1999, segundo a qual a “homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. Ela foi advertida e recebeu uma censura, se insistir no tratamento de homossexuais, ela deverá ter seu registro profissional cassado.