Concessionária de carros aposta no milionário segmento GLS

Na década de 1970, nos Estado Unidos, muitos dólares do mundo gay começaram a surgir e ganahr destaque. Era o chamado Pink Money (dinheiro cor-de-rosa), que tinha como objetivo mostrar o poder de consumo de um grupo marginalizado. Com o passar dos anos, a comunidade discriminada foi tomando conta do seu espaço e saindo do armário, dando força ao movimento de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e transgêneros (GLBT), que atualmente conta com milhares de serviços especializados, como agencias de viagens, construtora, seguro de vida, hotéis e revendedores de veículos.


Há pouco tempo, dois meses, foi criado o site GLS CAR, que utiliza o estoque de veículos de algumas lojas do ABC Paulista para atendimento exclusivo deste publico exigente e de bom gosto. “A ideia não é excluir heterossexuais, mas apostar na diversidade. Como vendedor de carros há oito anos e homossexual, senti necessidade de criar um espaço especial para esse público”, explica Rogério Monteiro de Brito, consultor de vendas do GLS Car.


O diferencial é tratamento e atendimento especializado no momento da compra e do pós-venda. Monteiro diz que o consumidor fica mais a vontade quando tem alguém preparado para atendê-lo. Moisés, supervisor de vendas, comprou seu primeiro carro na loja, um Ford Ka 2006 e relatou que há mais sintonia, afinidade  e naturalidade no atendimento. “Fiquei surpreso ao saber da existência dessa loja. Ainda há muito preconceito, não dá para se sentir livre para negociar com alguém que recrimina o que você é”, diz.


São Paulo é o local de uma das maiores Paradas Gays do mundo, São Bernardo do Campo, local onde fica a loja, ainda é uma cidade conservadora. Mas, Monteiro diz que está preparado para lidar com o preconceito. “No início recebi vários trotes lojistas”, diz Monteiro, que tem identificador de chamadas. “Mas isso não incomoda. Nosso público não se limita à região. A loja está na internet o que atrai clientes do Brasil todo. Para eles, preparamos o melhor atendimento”, diz.


De acordo com a pesquisa realizada em 2006 pelo Instituto de Pesquisa e Cultura GLS, 10% da população são homossexuais, totalizando 18 milhões de pessoas. Desses, 36% são de classe A, 47% de classe B, e 16% de C, 57% possui nível superior, 40% ensino médio e 3% ensino fundamental. Estes fatores estimulam muito o mercado GLS.Por isso, muitas empresas estão pensando em investir no mercado GLS. AS informações são do site webmotors.


 

Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa