Cristina Kirchner declara apoio ao casamento gay

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, saiu em defesa da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo que será votada amanhã no Senado. Cristina, que vem dando declarações posicionando-se abertamente a favor da lei que beneficia os homossexuais, comprou briga diretamente com a Igreja Católica e fez diversas afirmações contra a instituição religiosa.


Kirchner disse estar surpresa e preocupada com as declarações da Igreja em relação ao tema, “expressões que falam de um projeto do demônio”, em referência a um documento distribuído nas missas no último domingo, 11 de julho. A presidente ainda comparou o posicionamento da Igreja e suas ações com os tempos da Inquisição, na Idade Média.


Religiosos e membros de colégios católicos já anunciaram que farão uma marcha em frente ao Congresso contra o projeto. Em contrapartida, organizações de defesa dos direitos dos homossexuais pretendem realizar uma mobilização a favor da reforça constitucional com o apoio do governo.


Até o momento não se sabe qual será o resultado da votação, pois fontes no Senado garantem que as opiniões estão muito divididas e que dos que alegam já saber sua opinião para a votação está vencendo o voto “contra”. O senador Ernesto Sanz, da União Cívica Radical – UCR, afirmou que não houve “debate suficiente” e que irá votar favoravelmente à norma. No entanto, acredita que senadores da UCR, segunda maior força parlamentar, irão votar contra o projeto.


A divisão de opiniões no senado é reflexo do que acontece entre a população do país. Em Buenos Aires, pesquisas indicam que a maioria da população aprova o casamento gay. Mas, no interior do país grande parte dos cidadãos não vê com bons olhos a reformulação do familiar tradicional. A medida em questão já foi sancionada pela Câmara dos Deputados e deverá ser votada pelos senadores nesta quarta-feira, 14 de julho. Caso o casamento gay seja negado, será votada em seguida uma proposta de parceria civil entre pessoas do mesmo sexo, que excluiria a adoção, e o direito direto a herança e direito previdenciário.

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