O padre argentino Nicolás Alessio, da cidade de Córdoba, na Argentina, declarou ontem, 18 de julho, que está disposto a oficializar o casamento religioso de casais homossexuais, ainda que seja contra a vontade da Igreja Católica. “Se um casal gay me pedir, farei o casamento com grande prazer”, declarou. O religioso jáhavia sido censurado pela Igreja ao dizer que apoiava a lei, antes de sua aprovação, na semana passada.
Padre Alessio ainda afirmou que a posição da Igreja Católica sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo é lamentável. “É uma pena que a Igreja ainda seja tão autoritária, tão indisposta a compreender a diversidade.”
A lei que permite o casamento gay será promulgada na quarta-feira pela presidente Cristina Kirchner, quem já havia se declarado a favor da lei há algum tempo. E o padre Alessio ainda declarou: “Se um casal gay me pedir, farei o casamento com grande prazer”, disse durante a missa a qual foi suspenso de fazer, neste domingo, 18 de julho.
A aprovação da lei que permite o casamento entre homossexuais na Argentina, na quinta-feira, 15 de julho, continuou gerando críticas por parte dos religiosos. No sábado, 17 de julho, durante a procissão anual da Virgem de Itatí, o bispo Andrés Stanovik fez mais declarações polêmicas: “ninguém sabe onde essa lei nos levará”, “Jesus nasceu homem” e “o bem que existe na diferenciação entre um homem e uma mulher”, disse em procissão.