Reino Unido concede em última instância asilo político a dois homossexuais

A Suprema Corte do Reino Unido concedeu nesta quarta-feira, 7 de julho, asilo político a dois homossexuais que alegavam sofrer perseguição em seus países de origem, o Irã e Camarões. Os dois já haviam entrado com o pedido anteriormente e este havia sido negado por um tribunal inferior que alegou a possibilidade de eles esconderem sua sexualidade agindo discretamente.


Os dois homens recorreram sob alegação de que o Reino Unido estava agindo de forma contrária à Convenção para Refugiados, da qual o país é signatário. O juiz e vice-presidente da Suprema Corte inglesa, David Hope, afirmou que obrigar uma pessoa a “fingir que sua sexualidade não existe ou a reprimir o comportamento pelo qual se manifesta, é negar seu direito fundamental de ser quem ele é”, disse à rede BBC.


O camaronês identificado por H. T., que já vive há algum tempo no Reino Unido, afirmou ter sido atacado por um grupo homofóbico em sua casa depois de ter sido visto beijando seu parceiro. “Algumas pessoas me pararam e disseram: ´sabemos que você é gay´”, declarou à BBC. “Não posso voltar e esconder quem eu sou ou mentir sobre minha sexualidade”, concluiu. Em Camarões, homossexuais podem pegar até seis meses de prisão.


Já o iraniano, de 31 anos, alegou ter sido atacado e expulso de sua escola ao ser descoberto gay. No Irã a punição por atos homossexuais é severa e pode chegar ao chicoteamentos em praça pública até a pena de morte.

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