O prefeito da capital da holandesa Amsterdã, Eberhard van der Laan, declarou hoje em nota que a cidade passará por uma reformulação das questões existentes nos livros escolares. A idéia do prefeito é inserir de fato a realidade social dos homossexuais da atualidade. A iniciativa fará com que questões de matemática, geografia e língua estrangeira abordem a homossexualidade com naturalidade.
Laan, que é pai de cinco filhos, disse que a cidade não é só conhecida apenas como “Veneza do Norte”, devido aos seus inúmeros canais fluviais, mas também pela fama de uma metrópole gay, com quase 800 mil habitantes.
A Prefeitura conseguiu o apoio da maior gráfica da cidade, a Noordhof Uitgeverij. A editora já vinha ao longo do tempo inserindo personagens de outras culturas nos livros escolares como as representações de crianças muçulmanas com véus na cabeça. “Da mesma forma nós tornamos reconhecível a homossexualidade para crianças”, declarou Frans Grijzenhout, diretor da editora à agência de notícias internacional DW-WORLD.
Com a medida, a Associação pela Integração dos Homossexuais da Holanda (COC) declarou sua aprovação em relação à medida, ainda que tenha ressaltado que os casos de violência contra os homossexuais em Amsterdã tenham aumentado nos últimos anos e que a maioria dos agressores são jovens muçulmanos de famílias imigrantes.
Não é a primeira vez que é feita uma tentativa de inserir a realidade gay entre as crianças holandesas. Em 2000, Linda de Hann, autora de Koning & Koning (Rei & Rei), lançou seu livro infantil que contava como um conto de fadas a história de um príncipe que herdaria todo o reino, mas que não queria se casar com uma princesa e no final da história jura amor eterno a outro príncipe.