Cadê o amor próprio no planeta dos macacos?

Quase sempre recebo perguntas, lá no DQOGG (meu blog), de leitores que querem saber sobre amor próprio. Muitos têm medo de fazer papel de bobos numa relação com alguém que não os respeite e os considere. E outros pedem dicas para elevar a auto-estima. Não sei quanto a você, mas eu acho que auto estima e amor próprio são coisas importantíssimas, é bem assim: se você não se ama, quem poderá te defender (e amar)? Nem o Chapolin Colorado!


O que sei sobre relacionamentos é o que vivi. Li diversos livros de auto-ajuda cujos temas eram amor, namoro e auto-estima quando meu primeiro namoro terminou. E pensando no bem estar do seu bolso, vou compartilhar contigo alguns pontos em comum nesses livros, assim não precisará comprá-los.


Todos diziam que é preciso saber o que queremos num relacionamento e que não adianta ficar insistindo numa relação que só gera atritos. As pessoas não mudam e, muitas delas não sabem nem porque acordam a cada manhã, nem se lembram o que comeram ontem, muito menos, sabem por que estão namorando. Se relacionar com alguém assim é perda de tempo. E sim, falta de amor próprio. Porque um homem sem rumo só vai te afundar junto com ele.


É preciso conhecer o outro como ele realmente é, sem projetar o que você espera que ele seja. Assim será fácil não se decepcionar. Depois de, aproximadamente, três meses de namoro passamos a enxergar como a outra pessoa é, e quando não gostamos do que vemos, é briga na certa.


Amor próprio tem a ver com saber quem é você e quem é o outro. E também, o que você deseja numa relação e, principalmente, o que você faz para conseguir o que quer. Até onde se entrega e o que faz para conseguir um pouco de amor em troca. A grande sacada está no fato de que, por mais que você se esforce, a outra pessoa não é obrigada a te dar nada em troca da sua dedicação e carinho. Ela dá se quiser (sem duplo sentido). De graça, sem precisar de cobranças.
A maioria das pessoas não entende isso. Daí quando não recebem “demonstrações de carinho”, surtam e partem para a briga. Humilham-se, quando o namorado é pior do que a encomenda. Continuam numa relação ruim por medo de ficarem sozinhas.


Acho que esquecem que vieram ao mundo, sozinhos, e que se deram muito bem antes de conhecer o tal “encosto”. Não tem porque sacrificar sua auto-estima por medo do que vão dizer se ficar solteiro. E nem se assustar por não ter um abraço de noite, ou um pé pra aquecer o seu numa noite fria.
 
Na real, não existe receita mágica para se amar mais. Existe simancol. O quanto você se anula pra fazer seu namorado “feliz”? Vale a pena? Nenhum relacionamento dura para sempre, mas as experiências que vivemos neles, sim. Serão lembradas por muito tempo.
Pense duas vezes antes de insistir num relacionamento que não está dando certo e que, claramente, não tem salvação. Se amar e ter auto-estima alta depende de você. Mas isso não é justificativa para maltratar os outros por se achar bom demais.


Ser feliz depende de cada um. Compartilhar experiências, de todos. Acrescentar numa relação é responsabilidade de ambos os lados. Não seja uma mosca morta que somente bate as asas quando o namorado está prestes a lhe esmagar com um jornal enrolado. As pessoas admiram e se atraem por quem tem confiança e atitude.


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