Com mais de mil participantes, a terceira edição do Tango Queer Buenos Aires foi um sucesso e promete ser exportada para outros países. Também conhecido como milonga, o tango gay é respeitado no seu país de origem e começa a se organizar como modalidade de dança. Participantes de diversas partes do mundo vieram a capital argentina prestigiar o festival que ocorreu entre esta segunda e quarta-feira. Em 2011, Berlim recebe o evento e será a convidada de honra da próxima edição.
“O objetivo do festival é dançar tango, sem que os papéis estejam fixos ao gênero de quem dança. Ou seja, duas mulheres podem dançar juntas, e dois homens também, sem que isso seja motivo de piada ou rejeição” afirma uma das organizadoras do evento, Mariana Docampo. O evento é apoiado pelo Ministério da Cultura argentina e resgata a origem do tango, que era uma dança marginalizada em sua origem e comumente dançada por prostitutas e homossexuais nos inferninhos do bairro de La Boca. Até pouco tempo visto como uma dança machista, o Tango se modernizou com sua versão eletrônica e cada vez mais mulheres lançam mão da submissão na dança e dominam os homens durante as apresentações.