Depois de sucessivos atos de vandalismo contra a sede da Escola Jovem LGBT de Campinas, SP, o grupo E-jovem, que administra o projeto financiado pelo Ministério da Cultura decidiu tomar providências. Na noite da última segunda-feira, por volta das 22h, uma garrafa foi atirada contra a escola. Por sorte, ninguém foi ferido fisicamente. Anteriormente, pedras já haviam sido lançadas contra o prédio que chegaram a quebrar o vidro de uma das portas da instituição.
“Eu acho mesmo que isso vem acontecendo devido ao preconceito que os pais passam para os filhos”, desabafa Lohren, presidente do Ejovem que estava na escola fechando a prestação de contas do projeto com o diretor doa Escola, Deco Ribeiro. “A gente achou que tivesse sido uma planta que tinha caído e não deu muita importância na hora”, relata a drag queen que afirma que agora eles pretendem instalar câmeras de segurança para vigiar o local. “Algumas pessoas tEm medo do que é diferente. E, por se tratar de um bairro residencial, talvez isso ameace ainda mais esse tipo de homofóbico” completou Lohren.
Para o diretor da Escola, Deco Ribeiro, a homofobia é certamente um fator importante – mas não só. “Isso tem cara de molecagem”, explica. “Preconceito, sim, mas menos fruto de ódio e mais como auto-afirmação juvenil, o famoso bullying.” O horário dos ataques coincide com o horário de saída das aulas de um colégio próximo, que tem aulas noturnas. “É o preço da visibilidade”, constata o diretor.