Sargento que atirou em gay carioca diz que disparo foi acidental

Os três militares que abordaram um grupo de gays no Parque Garota da Ipanema no rio de Janeiro no dia 14, após a Parada Gay do Rio de Janeiro, depuseram na última sexta feira na Delegacia do Leblon (14ª DP), e o autor do disparo, um sargento de 37 anos de idade, com 20 anos de carreira militar, afirmou que o tiro que atingiu o jovem gay na barriga foi acidental.

“Mesmo que a gente chegue a conclusão de que foi acidental, um militar que aponta uma arma para outra pessoa assume o risco da possibilidade de ocorrer o disparo”, afirmou o delegado titular Fernando Veloso.

O crime também está sendo investigado pela Justiça militar. A investigação civil deverá ficar pronta nos próximos 30 dias e irá acusar o militar de tentativa de homicídio duplamente qualificado, que caso seja condenado em júri popular poderá chegar a 30 anos de reclusão. O Rio de Janeiro é o primeiro do país a incluir a homofobia como causa de crimes em boletins de ocorrência e possui lei que pune atos de preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

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