SP: Polícia nega que homofobia tenha motivado jovens agressores e Justiça libera grupo

Em razão das múltiplas agressões cometidas pelo grupo de agressores preso por agredir quatro pessoas na Avenida Paulista, um maior de idade e quatro menores, a Polícia Civil de São Paulo descartou a possibilidade de que os jovens fazem parte de um grupo de skinheads ou que tenham sido motivados por homofobia. Eles responderão por lesão corporal gravíssima, por roubo e formação de quadrilha. O maior de idade ainda pode responder por corrupção de menores.
 
Às 3h da madrugada de domingo um rapaz de 23 anos foi agredido próximo à Avenida Paulista e teve seu celular e carteira roubados. Dois rapazes que estavam em um ponto de táxi logo em seguida também foram atacados. O grupo, segundo o boletim de ocorrência, teria abordado os dois, chamado os dois de bichas, e agredido uma das vítimas que são estudantes de jornalismo com lâmpadas fluorescentes, socos e pontapés.


A PM prendeu Jonathan Lauton Domingues, 19 anos, e quatro menores entre 16 e 17 anos nas proximidades. Na delegacia, o grupo foi reconhecido pelas vítimas. O maior foi levado para um Centro de Detenção Provisória e os menores para a Fundação Casa.


Mesmo com indícios de que o grupo atacou os dois jovens por achar que eram homossexuais e falarem frases ofensivas aos homossexuais, eles não serão enquadrados na lei estadual contra a homofobia. “Foi uma agressão sem sentido de quem não aceita quem é diferente”, afirmou o delegado responsável pela investigação à imprensa.


Para o advogado de um dos menores, que são de classe média, o incidente não passou de uma “briga de rua” pois segundo ele os jovens teriam sido assediados pelos homossexuais. O grupo nega que tenha assaltado ou participado da agressão da quarta vítima. Na manhã desta terça feira, todos os acusados foram liberados, depois que um juiz concedeu que eles respondessem às acusações em liberdade.


Foto: Werther Santana/AE

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