A ABGLT – Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais – enviou pedido ao Partido Progressista na última sexta-feira para que abram um processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (RJ). Em 18 de novembro, em programa da TV Câmara, o deputado defendeu o direito de que os pais batam nos filhos quando eles apresentarem tendências homossexuais para mudar seu comportamento.
“Se o filho começa a ficar assim meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele”, afirmou o deputado que faz parte da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Em outras ocasiões o parlamentar defendeu o direito de ser contra a homossexualidade e disse que tem “asco” dos militantes gays.
“O pai tem o direito de dar umas palmadas no filho dele. Se o garoto anda com maconheiro, ele vai acabar cheirando, e se anda com gay, vai virar boiola com toda certeza. Nesse momento, umas palmadas nele coloca o garoto no rumo certo”, afirmou Bolsonaro em audiência na Comissão de Direitos Humanos.
Para a ABGLT, Bolsonaro deve ser investigado pelo conselho de ética do partido por suas declarações. “Bolsonaro possui um currículo acumulado de pronunciamentos que desrespeitam a dignidade humana, os direitos individuais e os princípios democráticos”, afirmou o presidente da entidade, Toni Reis.