Luz, Câmera… Ação!

O cinema já faz parte das nossas vidas. Pode ser mais importante para alguns, menos para outros. Mas o fato é que ele é uma das ferramentas responsáveis por mostrar ao mundo referências sobre certa época e costumes de civilizações. Além de funcionar como meio de sublimação. Sim! Se estudarmos a Teoria da Comunicação descobrimos que, entre outros, esse meio, além de expressar sentimentos e pensamentos do autor, é uma maneira de fazer com que o expectador sinta ou pense.


O cinema é até um meio de conter as grandes massas. Como? Por mais que você se sinta estafado, cansado da vida e tenha uma vontade imensa de jogar seu chefe pela janela; De dar um tiro na cabeça da sua vizinha insuportável; De explodir o banco que te cobra juros altos no cheque especial, sabe que isso é errado e de algum modo, inconscientemente; se sente melhor ao ver um filme sobre o fim do mundo. Ou um filme sobre um assaltante de bancos, um assassino em série ou sobre o Don Juan, um garanhão latino! Coisa que você, talvez, não seja. E assim segue sua vida sem cometer infrações severas ou crimes.


O fato é que através do cinema podemos vivenciar grandes histórias fictícias e até nos inspirar com histórias reais. Tenho visto muitos filmes e pensando sobre os que mais me “tocaram” percebo as semelhanças com minha vida. Exemplo? “A Rede Social”. É sobre a criação do Facebook, mas também fala sobre relações humanas. Amor. Inteligência. Amizade. E claro, sobre ficar bilionário aos 23 anos. Esse filme me faz pensar: “Porque diabos não nasci com o cérebro do Zuckerberg?”. Só me resta mesmo acessar o meu perfil do Facebook todo dia. Ou arrumar marido gringo. Será?


Outro filme: “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Esse é amor. Criatividade. Ajudar o próximo com pequenas ações. Viver adorando as pequenas coisas. É inspirador do começo ao fim! Amélie é vida! É lição de vida. Me faz pensar: “Porque diabos ninguém faz por mim tudo aquilo que ela fez pra conquistar o homem amado?”.


Outro: ‘Tudo acontece em Elizabethtown’. Fracasso. Família. Servir de casquinha de sorvete para quem terminou um relacionamento amoroso e não quer se envolver. E por fim, encontrar o amor de uma maneira inspiradora. Me faz pensar: “Por que? Por que diabos é tão difícil encontrar um homem que faça comigo tudo o que a Kirsten fez pelo Orlando Bloom?”. Chorei horrores e ainda choro quando vejo.


Mais um: “O Diabo Veste Prada”. Amor. Sucesso profissional. Chefa demoníaca. Moda. Me faz pensar: “Se a Andrea passou pelo inferno e conseguiu ser uma jornalista realizada, também posso!”. Assim espero!


Corra Lola Corra; Eating Out 3; Pânico; Eu sei o que vocês fizeram no verão passado; Psicose; O Exorcista; Curtindo a vida adoidado; Os Goonies; Alta Freqüência. Esses e vários outros mexeram comigo. A cada filme descubro uma nova inspiração. Me sinto capaz, esperançoso! Sonho. Mas sei que fazer da minha vida um filme de ação, amor, terror, suspense ou ficção científica só cabe a mim mesmo.


Serei sucesso de bilheteria? Não ligo. Se conseguir “tocar” a vida de uma pessoa enquanto vivo e conseguir ser bem lembrado depois, me darei por satisfeito. Pra mim esse será o final feliz. E pra você?


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