O ugandense David Kato teve sua casa invadida e foi assassinado brutalmente na última quarta feira. O militante gay teve sua foto e endereço publicados em outubro passado em um jornal que pedia o enforcamento de 100 pessoas homossexuais do país.
Kato era representante do grupo Minorias Sexuais de Uganda. A edição do jornal local Rolling Stones foi condenada pelo Supremo Tribunal de Uganda a pagar uma multa de 750 dólares e foi retirado de circulação. Um carro teria parado em frente a sua casa e dois homens invadiram o local e lhe deferiram golpes na cabeça com um objeto. Kato morreu a caminho do hospital.
Apesar da desconfiança de que o jornal incitou o assassinato do ativista, a subcomissária da polícia local, Judith Nabakooba, informou que as investigações continuam e que é cedo para afirmar que foi um crime de homofobia. Segundo a polícia, uma testemunha teria anotado a placa do veículo. Ser homossexual é crime no país e pode levar à prisão.