Em entrevista ao programa Tá na Área, do SporTV, no quadro “Tá em Casa”, exibido nesta segunda-feira, o voltante do Atlético-MG Richarlyson mostrou sua casa em Belo Horizonte, onde mora há seis meses e falou sobre seu jeito de ser. “Tem algumas coisas que eu acho que incomodam as pessoas. Eu não falo palavrão. Para a ala masculina, isso é uma afronta. Só que eu não vou mudar. Quando eu era criança, as amigas da minha mãe falavam assim: “Nossa, que filho que você tem. Que educação.” Isso para a sociedade é talvez ser meigo, gay, afeminado. E o meu jeito de vestir. Eu me visto da maneira que eu gosto”, afirmou o jogador que chegou a afirmar em outra ocasião que não era homossexual. Na entrevista, o jogador falou de decoração, família e preconceito.
Criado no Rio Grande do Sul, Richarlyson, que é constantemente vítima de bullying nos gramados, contou de certa vez que seu irmão mais velho, Alecsandro, atacante do Vasco, o protegeu quando um garoto maior do que ele xingou sua mãe na escola, em Bento Gonçalves (RS). “Meu irmão foi mais do que meu amigo. Eu sofri bullying na infância. Os únicos negros da escola éramos eu e meu irmão. Um dia, um cara mais alto chegou e xingou a minha mãe de macaca. Eu liguei chorando para o meu irmão e ele foi tirar satisfação com o menino. Depois disso nunca mais mexeram comigo”, contou o jogador que afirmou ainda que pretende ter um casal de filhos no futuro.
O jogador aproveitou a entrevista e fez campanha contra o preconceito: “Eu acho rídiculo qualquer maneira preconceituosa. Seja por sexo, credo ou cor, cada um vive feliz da maneira que acha. Todo mundo tem que respeitar a individualidade do ser humano”, ensinou Richalyson.
Assista a entrevista aqui.