Jornal distribuído na UEL traz texto homofóbico e revolta estudantes

A sétima edição de um Boletim Universitário produzido por uma comunida católica paulista, do mês de setembro, distribuído por alguns membros da Pastoral Universitária, da Igreja Católica, dentro da UEL, trouxe um texto sobre matrimônio com visão limitada, com teor conservador e que rechaça de forma preconceituosa e criminosa as uniões do mesmo sexo. O artigo é assinado por Mercedes dos Santos Rosa e chama as uniões do mesmo sexo de “anormalidade” e “distúrbios da natureza”, o texto ainda compara o relacionamento homossexual com uma doença.


Os estudantes de Serviço Social e Ciências Sociais fizeram uma carta de repúdio ao conteúdo do veículo, que claramente não acrescenta nada de científico às discussões acadêmicas. Apesar do jornal se chamar Boletim Universitário, ele não é editado pela Universidade, mas é distribuído livremente no campus. Segundo a coordenação da Pastoral Universitária de Londrina, o texto não recebe o aval da entidade e a pastoral não é responsável pelo material espalhado por seus membros.

Não é a primeira vez que a citada pastoral cria problemas na UEL. No ano passado, depois de constatada por meio de denúncia que a entidade havia se apossado de uma capela dentro do campus da UEL e que fazia um jornal com a logomarca da universidade, a Procuradoria da República chamou a atenção da UEL para as regras de um estado laico, e proibiu a celebração de uma tradicional missa no local e o uso da marca.
 
 

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