Cantor homofóbico tem shows cancelados na Europa

O grupo espanhol Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGBT), utilizou da plataforma online “Actuable” para promover um abaixo assinado boicotando alguns shows do rapper jamaicano Sizzla, considerado homofóbico. Aproximadamente 40 mil pessoas já aderiram a manifestação e algumas apresentações do cantor já foram canceladas. Os espetáculos marcados na Espanha: dia 12 de abril, no “Apolo” em Barcelona; dia 13 no “Arena” e “Marco Aldany”, em Madri e no dia 14 em “Escola San Jose” de Valencia foram cancelados e  agora apenas a sala Apolo de Barcelona continua com o show agendado.

Em 2007, vários cantores de Reggae, incluindo Sizzla, assinaram um documento comprometendo-se a “defender os direitos de todos os indivíduos para viver sem violência, independentemente da sua religião, orientação sexual, raça, etnia ou sexo”, mas o comprometimento não durou. O rapper continuou cantando várias vezes, por exemplo, a música “Nah Apologize” que, entre outras frases, afirma “jamais pedirei desculpas a um gay”.
Outras músicas suas também incluem frases preconceituosas como: “disparem sobre os homens que têm sexo com homens por trás; deem um tiro nos maricas, a minha arma grande faz pum”.

O cantor, que tem uma apresentação marcada para o dia 5 de abril na sala “TMN ao vivo”, em Lisboa, incitou o público, na cidade de Chicago, em 2002, a investirem contra gays e lésbicas, afirmando que os mesmos são os responsáveis pela epidemia da Aids.

Alguns outros artistas jamaicanos também possuem histórico homofóbico. Bounty Kiler e Vybz Kartel são dois exemplos do preconceito. O primeiro diz em suas letras “Deitem fogo a lésbicas e gays. Os gays precisam ser afogados, e essa é uma filosofia de um homem jamaicano. O segundo, “Kartel põe uma bala na espinha de um gay”.

Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa