Homossexuais dinamarqueses poderão se casar nas igrejas

Na Dinamarca, o governo pretende que a lei que concederá o direito a casais homoafetivos de se casarem nas igrejas do país entre em vigor em 15 de junho. Nesta terça-feira (12) a primeira-ministra, Helle Thorning-Schmidt, declarou oficialmente a possibilidade. Hoje, a lei será apresentada para o Parlamento para que comece a ser debatida. Especulações políticas afirmam que sua aprovação é certa, visto que o projeto conta com amplo apoio dos congressistas.

A primeira-ministra, segundo a agência de notícias EFE, declarou que a aprovação da lei é um passo “importante” e “natural” para a sociedade dinamarquesa. “Neste ano já poderemos ver os primeiros casais homossexuais se casarem em igrejas dinamarquesas”, disse em sua entrevista coletiva semanal.

Há 13 anos, casais homossexuais que configuraram união civil podem receber uma benção nas igrejas, mas em 2010, o governo dinamarquês já tinha manifestado a intenção de permitir o casamento gay.

Setores mais conservadores da Igreja Nacional Luterana se revoltaram, mesmo com nítida certeza de que a lei permitirá que cada líder religioso possa decidir individualmente se celebrará ou não o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A Associação de Pastores Dinamarqueses realizou uma pesquisa de opinião, na qual 70% dos pastores da Igreja Luterana (religião oficial do país) estão dispostos a celebrar casamentos homossexuais nos templos.

Caso a lei seja aprovada, a Dinamarca, que não é um Estado Laico como o Brasil, e possui uma religião oficial, se juntará a países como a Holanda, Espanha, Bélgica, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia, nos quais o casamento entre pessoas do mesmo sexo já é permitido. Desde 1989, o país reconhece as uniões gays, mas não o casamento.

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