O premiado passista gay, André Alves, de 22 anos, foi morto a facadas em Tapes, messoregião metropolitana de Porto Alegre, na última quinta-feira (2) e foi a segunda vítima de assassinato com possível motivação homofóbica na região, nos últimos três meses. O crime ocorreu na Rua João Atalibha Wolff – a chamada Rua dos Engenhos, ponto de encontro de homossexuais na cidade. O irmão da vítima, Sandro Alves acredita que a razão do crime tenha sido homofobia.
O crime revoltou familiares e a comunidade de Tapes, a 100 km da capital gaúcha. Entidades LGBT já se manifestaram e solicitaram uma audiência pública sobre o tema na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. No último domingo, uma caminhada promovida por amigos e parentes prestou homenagem à vítima e protestou contra a homofobia. Cerca de duzentas pessoas participaram da passeata que teve ainda instrumentos de percussão durante o protesto que percorreu as ruas da comunidade que tem pouco mais de 14 mil habitantes. Tapes é conhecida pelos grandes lagos que a rodeiam com a formação de praias de água doce, além do grande número de fazendas e chácaras na região, também conhecida como Costa Doce.
Alves era o primeiro passista da escola de samba Apito de Ouro e era querido por todos. Ele venceu todos os concursos ao qual concorreu. O crime chocou a pequena localidade que nunca havia registrado um crime brutal antes. A polícia ainda não apresentou respostas sobre quem cometeu o crime ou se o motivo foi mesmo homofobia.
Foto: Rodrigo Bragaglia