“Conseguimos tirar o debate dos guetos e trazer para a sociedade. O Piauí é um dos estados com mais direitos conquistados nessa área, apesar de ainda haver muito a avançar”, afirma Marialva que é servidora pública, e formada em Direito e Letras. Ela se refere ao Disque Cidadania Homossexual e a Delegacia Especializada de Combate às Condutas Discriminatórias – primeira do país voltada a homossexuais, negros, deficientes e portadores de HIV/Aids. E também da lei estadual que estabelece sanções administrativas para quem discriminar pessoas em razão de sua orientação sexual e uma lei municipal reconhece as uniões estáveis entre indvíduos do mesmo sexo para fins previdenciários. Tudo fruto do trabalho árduo do Grupo Matizes e outras entidades na luta pelos direitos da comunidade gay.
“Sofri muito para me assumir. Por falta de informação, eu tinha sentimento de culpa e vergonha. Minha luta é para que as novas gerações não passem por isso e tenham seus direitos garantidos”, conta ela que ficou surpresa com a indicação e que disputa o prêmio com outras 19 mulheres, de diversos perfis e regiões do país.