Estudante ex gay processa Califórnia por proibição a tratamento de reversão

Alegando ele mesmo ter sido curado por uma terapia de reversão de orientação sexual, o estudante de Psicologia Aaron Blitzer entrou com uma ação contra o Estado da Califórnia, segundo o noticiário da ABC News. O universitário alega que a lei aprovada no mês passado o impede de trabalhar e ainda que fere seu direito de liberdade de expressão e religiosa.

 
No mês de Setembro, a Califórnia aprovou a primeira lei estadual que proíbe as chamadas terapias de conversão, em que homossexuais são submetidos a tratamentos diversos para se tornarem heterossexuais. A lei vale para proibir que menores de 18 anos de idade fossem submetidos a tais tratamentos dolorosos pelos pais. Segundo estudiosos, essas terapias são infundadas e se baseiam no preconceito de que a homossexualidade é um desvio, o que não vai de encontro com a Organização Mundial da Saúde que em 1990 deixou de considerar a homossexualidade uma patologia e passou a considerá-la uma variante da sexualidade humana. Além do estudante, Donald Welsch, um terapeuta de San Diego, e Dr. Anthony Duk, um psiquiatra católico, discordam dos argumentos de quem defende a lei e assinam o processo contra o Estado da Califórnia.
 
Para Brad Dacus, advogado do grupo conservador Instituto de Justiça do Pacífico, “A legislação teve um pressuposto errôneo de que cada luta individual de uma pessoa contra a atração pelo mesmo sexo é causada por seu DNA. Ela ignora milhares de pessoas, incluindo o autor (o estudante), que passaram por terapia e agora estão em um relacionamento heterossexual feliz e saudável”. 
 
A Associação de Psiquiatria Americana baniu os tratamentos de cura de gays desde a década de 80, assim como o Brasil na década seguinte. A Associação de Psiquiatria da Califórnia parabenizou a lei em nota e afirmou que qualquer profissional que se engajar ou praticar tais terapias está sujeito a sanções éticas.
 
 
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