O filme Flores Raras, de Bruno Barreto, estreou esta semana no Festival de Berlim e traz a atriz Glória Pires no difícil papel de Lota de Macedo Soares, paisagista e urbanista brasileira que entre 1951 e 1965 viveu com a renomada autora norte americana Elizabeth Bishop, no Rio de Janeiro. A personagem estrangeira famosa é vivida pela atriz australiana Miranda Otto.
Um grande amor que termina de forma trágica. Uma história real, sensível, em um momento conturbado da história brasileira. A tímida e já famosa Elizabeth, 40, se hospeda na cada de uma amiga, Mary, então mulher de Lota, 41. Em busca de inspiração na Cidade Maravilhosa, Elizabeth encontra um amor que dura 15 anos divididos em um ménage à trois e mudanças políticas em todo o mundo.
Em 1967, Lota vai à Nova Iorque encontrar a amada de quem estava separada mas é encontrada morta por Elizabeth na cozinha de sua casa, com um vidro de antidepressivo nas mãos. Lota havia saído por razões políticas da construção do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, obra para qual se dedicou anos, e andava ressentida, principalmente depois da mudança de sua amada de volta aos EUA. A relação das duas era intensa e podia ser classificada como complexa e conturbada.