Na manhã de ontem, manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) com bateria e cruzes se uniram ao Movimento LGBT em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para protestar. A união deu início à 4ª Marcha Nacional contra a Homofobia que seguiu até a frente do Congresso Nacional. Mais de 4 mil pessoas participaram do protesto anual.
O grupo era tão grande que em alguns momentos as seis faixas da via foram ocupadas o que prejudicou o trânsito no local por alguns minutos. A principal reivindicação do movimento LGBT é a criminalização a homofobia. Durante a marcha, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias Marco Feliciano foi muito criticado, outro reivindicação dos manifestantes presentes na marcha, a saída imediata de Feliciano da Comissão.
Caravanas de10 estados participaram da marcha. Durante a semana, diversos eventos no Congresso discutiram as urgências da comunidade gay do país. O tema deste ano do décimo Seminário LGBT do Congresso Nacional foi: “Liberdades, abram suas asas sobre nós” e veio para reforçar a discussão sobre a liberdade de expressão e garantias constitucionais envolvendo liberdade de crença e questões vinculadas à orientação sexual. O evento foi realizado na terça, véspera da marcha.
Segundo Evaldo Amorim, secretário da Associação Nacional LGBT, a manifestação foi organizada há algumas semanas, mobilizando o MST, o Movimento da Maconha e o das Mulheres. “Aqui, o foco do LGBT está na garantia dos direitos do movimento e na defesa do Estado laico. Estamos aproveitando para criticar os fundamentalistas como Feliciano e exigimos a saída dele da Comissão de Direitos Humanos”. Para Amorim, as decisões no país hoje estão pautadas por grupos religiosos.
A Marcha Nacional contra a Homofobia é um dos principais eventos com que o segmento comemora a data do dia 17 de maio, Dia Internacional do Combate a Homofobia.
Com fotos e informações da Agência Brasil de Notícias.
Fotos: Antonio Cruz/ABr