Roberto Francisco Daniel, mais conhecido como padre Beto, o padre de Bauru que foi excomungado da Igreja Católica reapareceu hoje na mídia após a aprovação da lei no CNJ que obriga todos os cartórios do país realizarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Ele foi afastado da igreja depois de ter postado nas redes sociais mensagens se dizendo a favor do casamento gay e onde citava e pedia mudanças urgentes nos métodos da igreja católica. Padre Beto participou nesta terça-feira de um seminário na Câmara dos Deputados, onde o tema era “Intolerância Religiosa”.
O padre fez questão de se pronunciar. Em entrevista ao site “G1″. ele foi categórico: ” a igreja vai pedir perdão por rejeitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Todas essas pessoas são amadas por Deus, são filhas e filhos de Deus e merecem ser felizes dentro da sua sexualidade humana”, comentou o padre que ainda elogiou o Judiciário pela iniciativa e ainda aproveitou para “cutucar” o Legislativo pela falta de iniciativa e força. “Falta a esta casa de leis [o Congresso Nacional] uma postura mais firme, mais corajosa, para criar leis que venham humanizar a nossa sociedade”, conclui o padre Beto.
Ainda segundo o site “G1”, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) foi procurada para comentar o caso, mas não quis se pronunciar. Padre Beto pode ainda perder o título de padre, seu processo foi encaminhado ao Vaticano que deve decidir por meio de seu sistema legal o destino do padre. Por ser excomungado, ele não pode receber e nem promover os sacramentos da Igreja.