Após 37 anos promovendo acampamentos e tratamentos de cura da homossexualidade nos EUA e no mundo, o Grupo Exodus internacional anunciou o fim desta política nesta quarta-feira, dia 20. Após escândalos envolvendo os maiores promotores da mudança de orientação sexual eram ex gays farsantes e de denúncias de maus tratos psicológicos, a entidade religiosa pediu desculpas e afirmou que agora passa a respeitar os casais do mesmo sexo.
Alan Chambers, líder da Exodus International, chegou a pedir desculpas à comunidade gay “por anos de sofrimento excessivo e julgamento nas mãos da organização e da igreja como um todo.” “Nós ferimos as pessoas”, disse o ministro que conduzirá a nova etapa da igreja que mudará de nome. “Embora tenha havido muitos bons momentos no Exodus, também tiveram momentos ruins. Nós lutamos uma guerra cultural e perdemos. É tempo de paz”, declarou Chambers no site oficial da entidade.
A Exodus International tem sede em Orlando, na Flórida, e ministérios com 260 membros de todo os EUA e internacionalmente. Durante décadas, ele se ofereceu para ajudar os cristãos em conflito livrar-se das inclinações homossexuais indesejados através de aconselhamento e oração, enfurecendo os ativistas dos direitos dos homossexuais no processo. Casado com uma mulher, ele mesmo confessa que não acredita que a sexualidade possa ser modificada de forma permanente, mas apenas sufocada.
“É preciso um homem de verdade para enfrentar publicamente as pessoas cujas vidas foram destruídas pelo trabalho de sua organização, e tomar uma ação real, concreto para começar a reparar os danos causados”, disse o diretor adjunto do grupo Truth Wins Out, Evan Hurst.
“Nossos objetivos são reduzir o medo e vem junto com as igrejas para se tornar seguro, acolhedor, e transformando mutuamente comunidades”, afirmou Chambers sobre o novo ministério. “É uma nova entidade para uma nova geração. Nosso objetivo é reduzir o medo das pessoas e receber aqueles que estão dispostos à mudança. Deus está nos chamando para receber a todos e amar sem impedimentos”, disse o líder.
Com o slogan “liberte-se da homossexualidade através do poder de Jesus”, a Exodus exportou para todo o mundo, inclusive ao Brasil, os cruéis métodos de “cura gay”. Em um deles, o homossexual era obrigado a ver imagens de homens e mulheres pelados, ao ver imagens do mesmo sexo ele era maltratado, a fim de criar uma repulsa. A igreja criou vasto material literário, inclusive as leituras de que o homossexual é pecador segundo a Bíblia.