Austrália nega asilo a gays refugiados da Papua Nova Guiné, PM promete legalizar casamento gay

A poucas semanas da eleição geral, que será realizada no dia 7 de setembro, o Primeiro-Ministro da Austrália, Kevin Rudd, disse não aos refugiados gays, lésbicas, bissexuais ou trans vindos da Papua Nova Guiné. No país, ser homossexual pode dar até 14 anos de prisão e são altas as incidências de assassinatos e denúncias. Em frente a polêmica e pressão internacional, Rudd prometeu legalizar o casamento gay no país, se reeleito.

Um dos poucos países da Oceania a não criminalizar a homossexualidade, e visto como um porto seguro para gays de toda a região, a Austrália tem forte política de imigração atrativa, mas tem ignorado as Convenções de Genebra e rejeitado a proteger os mais vulneráveis.

A Austrália vem negando os pedidos de asilo e deportando refugiados clandestinos, denunciou a organização AllOut na internet, onde um abaixo assinado quer chamar a atenção ao tema. Segundo a instrução da Imigração, refugiados escondidos em barcos oriundos da Papua Nova Guiné são imediatamente levados de volta ao país de origem e somente lá são avaliados os pedidos de asilo, geralmente negados.

A All Out surgiu em 2011. A primeira campanha lançada pelo grupo conseguiu interromper o processo de deportação de Brenda Namigadde, uma ugandesa lésbica, que estava sendo mandada do Reino Unido de volta para Uganda, para seu país de origem, onde ser homossexual é passível de pena de morte. Atualmente, mais de 1,8 milhão de pessoas fazem parte da rede que luta contra leis homofóbicas em todo o mundo.

Assine a petição contra o governo australiano que ignora LGBTs que pedem asilo político no país.

 
 
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