Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian, foi o primeiro a publicar o esquema de espionagem dos EUA, revelado pelo ex-funcionário de uma empresa terceirizada da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA), Edward Snowden, agora exilado na Rússia. O brasileiro teria servido de transporte de informações vazadas por Snoden no famoso episódio e estaria novamente trazendo para o esposo, que mora no Rio, mais arquivos confidenciais. Com viagem paga pelo jornal, Miranda se encontrou com a documentarista Laura Poitras na Alemanha. Laura e Glenn que viajaram em Junho a Hong Kong onde encontraram com Edward Snowden, que passou os arquivos das informações que abalaram o Serviço Secreto dos EUA, publicadas pelo jornalista do The Guardian.
Segundo a polícia britânica, David teria sido detido com base na Cláusula 7 da lei antiterrorismo, por representar ameaça ao país. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil classificou a detenção como “medida injustificável” e afirmou “grave preocupação” em relação a detenção do brasileiro. “O governo brasileiro espera que incidentes como o registrado com o cidadão brasileiro não se repitam”, afirmou o Itamaraty.
Miranda estava apenas de passagem por Londres, ele vinha da Alemanha e seguiria ao Brasil mas não conseguiu desembarcar. O brasileiro foi interrogado, ficou em áreas sem comunicação com outros passageiros até entrar no avião com destino ao Rio. Segundo matéria do The Guardian, o brasileiro teve o telefone, computador, câmera, cartões de memória, DVDs e jogos eletrônicos apreendidos. “Estamos estarrecidos que o parceiro de um jornalista do Guardian tenha sido detido por quase 9 horas quando passava pelo aeroporto. Estamos buscando esclarecimentos urgentes das autoridades britânicas”, declarou o jornal.