Durante a comemoração dos 50 anos do famoso discurso “Eu Tenho um Sonho” do líder do Movimento Pelos Direitos Civis dos EUA, pastor Martin Luther King, uma marcha em Washigton lembrou dos ideais do mártir negro norte americano. Milhares de pessoas marcharam até o Memorial Martin Luther King Jr Memorial em Washington no último sábado, local na capital norte americana onde ocorreu o discurso histórico há meio século. Durante os discursos, seguidores e parentes de Martin Luther King lembraram que a visão de religioso também incluía a comunidade LGBT.
Para o Advogado Geral dos EUA, Eric Holder, a visão de Direitos Civis hoje é ampla e inclui gays, lésbicas, latinos, pobres e portadores de necessidades especiais. “Assim como hoje, 50 anos depois, a marcha deles, agora nossa marcha, continua. E nosso foco ampliou com a causa de mulheres, latinos, asiáticos, lésbicas, gays, portadores de necessidades especiais, e inúmeros outros por todo o país que buscam igualdade, oportunidade e um tratamento justo.”
Diversas marchas pelo país comemoram o discurso, marco do movimento que baniu o apartheid racial nos EUA, que surgiu quando uma mulher negra decidiu se negar a ceder lugar a um branco em um ônibus. Apelidada de “Marcha de Ação Nacional para Realizar o Sonho”, o evento contou com forte participação de organizações LGBT.
Em pronunciamento oficial ontem, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que Martin Luther King ofereceu salvação “aos oprimidos e aos opressores”. “Ele ofereceu um caminho de salvação para oprimidos e opressores. Suas palavras pertencem a todos os tempos, possuindo poder e profecia incomparáveis em nossa época”, disse Obama. O primeiro presidente negro dos EUA afirmou ainda que o sonho segue inacabado e diz que há uma lacuna racial no país, e que o sonho parece ainda mais “difícil de ser alcançado” do que há 50 anos.