Depois da repercussão de dois beijos gays dados por heterossexuais dos esportes, pedidos de desculpa e declarações de que não foram protestos parecem suspeitas. Os casos aconteceram esta semana e transformaram grandes atitudes em uma clara evidência de que o preconceito atua mais forte ainda contra aqueles que ousam tentar mudar as regras ou confrontá-las.
No Brasil, o jogador Emerson Sheik pediu desculpas pelo beijo dado no amigo e sócio, divulgado na internet neste fim de semana.“O mundo do futebol é muito machista e em nenhum momento eu desrespeitei ninguém e se alguém se sentiu desrespeitado desculpa, pois lá era o Emerson pessoa e não o Emerson atleta e o Isaac é um cara que eu tenho um imenso carinho, pois agrega muito em minha vida e a esposa dele está grávida de 9 meses e as pessoas levaram para um lado negativo”, afirmou o atleta ao programa “Os Donos da Bola”, nesta segunda-feira, depois de ser hostilizado e questionado sobre sua atitude.
Na Rússia, onde o beijo na TV poderia ser penalizado em uma lei que pune a propaganda da homossexualidade para menores de idade, a atleta russa Kseniya Ryzhova, medalha de ouro no revezamento 4×400 metros no Mundial de Atletismo, em Moscovo, negou que o beijo dado no pódio da premiação com a companheira de prova e de treinos Yulia Gushchina, no Domingo, tenha sido um beijo de protesto. “Yulia e eu somos ambas casadas e não temos qualquer outro tipo de relação. Treinamos juntas há oito anos. Por isso nos tornamos boas amigas”, afirmou a atleta esta semana.”Em vez de me felicitarem, decidiram me humilhar com essas questões”, desabafou a campeã.
Será? Àqueles que acreditam que ser gay é fácil, aí estão dois exemplos de pessoas que quiseram mostrar um mundo mais igual mas sofreram as consequências de seus pares. Imagina se fossem gays e saíssem do armário?