Ministro russo diz que o Ocidente criou e polemiza a lei anti-gay na Rússia

O ministro dos Esportes da Rússia, Vitaly Mutko, afirmou neste Domingo, antes do encerramento do Mundial de Atletismo de Moscou, que a imprensa do Ocidente exagerou na cobertura da lei do país, ofuscando a imagem da Rússia como anfitriã do evento.Ele afirmou que as críticas tratam de “um problema inventado pela mídia ocidental” e ainda: “Não temos uma lei que bane relações sexuais não tradicionais A mídia ocidental se concentrou mais nessa lei do que na Rússia”.

O Comitê Olímpico Internacional chegou a pedir esclarecimentos ao país que sediará a próxima Olimpíadas de Inverno na cidade de Soichi no próximo ano. A Fifa, que organiza em 2018 a Copa do Mundo da Rússia, também cobrou explicações.

“Queremos proteger nossa geração mais jovem, que ainda não está fisicamente formada. É uma lei que protege os direitos das crianças, e não tem a intenção de impedir ninguém de fazer nada na sua vida privada”, afirmou o ministro, garantindo que não se trata de uma lei contra os homossexuais e que não é preconceituoso.

Atletas protestaram durante o evento, como o corredor raso norte americano Nick Symmonds, medalha de prata nos 800 metros. Duas atletas russas se beijaram na boca durante a premiação. A saltadora sueca Emma Green-Tregaro chegou a ser censurada por pintar as unhas nas cores do arco-íris e advertida de que o evento não permite posicionamentos políticos ou religiosos, com isso ela realizou a final de unhas vermelhas, em protesto silencioso.

Para as Olimpíadas de Inverno no próximo ano, o ministro assegurou que nenhum atleta ou convidado será alcançado pela lei: “Atletas russos, estrangeiros, convidados. Aqueles que vieram para Sochi terão direitos plenos e liberdade. Essa lei não tira os direitos de nenhum cidadão, atleta ou convidado”, mas mandou um recado: “Pratiquem os seus esportes e não tenham tempo de fazer outras coisas”. 

 
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