A transexual Jane di Castro cantou o Hino Nacional. O presidente do Grupo Arco-Íris Julio Moreira, que organiza oficialmente o evento, abriu a parada: “Este é um ato político, pois esta é a maior manifestação do Brasil. E vamos continuar lutando, pois é através do amor que ganhamos a liberdade”. A manifestação teve 13 trios elétricos que reuniam gays famosos, militantes e personalidades cariocas. Na abertura, um beijaço marcava o tom de protesto contra a homofobia. “Temos de nos unir nesta luta e mostrar que é tolerância zero. Ninguém precisa ser gay para lutar contra a homofobia. Todos podem e devem lutar”, declarou o coordenador de Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, o estilista Carlos Tufvesson. Celebridades como a atriz Leandra Leal e o deputado Jean Wyllys participaram da manifestação.
Próximo ao Copacabana Palace, um grupo de evangélicos com cartazes contra os gays foi dispersado pela polícia. Um dos cartazes dizia: “Fornicadores e homossexuais: o inferno os espera”. A multidão ameaçava partir para cima dos evangélicos, mas foi contida pelo bom senso da polícia noticiou o jornal Estadão, que entrevistou ainda o missionário norte americano responsável pelo protesto.
Segundo a polícia, 300 mil pessoas participaram do evento, a organização estima em 1 milhão de pessoas os participantes. Barracas especialmente montadas pela prefeitura distribuiam materiais de prevenção, direitos e faziam atendimentos, conscientizando a população da importantância de denunciar toda forma de preconceito.