A beleza masculina, pouco mostrada nas últimas décadas, vem ganhando destaque e teve grandes mostras em Viena, Nova York e agora em Paris. O tabu do homem pelado na arte, comumente chamado de arte homoerótica, ganhou força no Renascimento e ressurge como tendência artística do presente, acompanhada ou não da discussão da homossexualidade ou do papel dos artistas gays na arte e na moda.
A exposição parisiense traz do neo clássico ao moderno, destacado pela arte digital e fotografia. De uma arte amadora, de pesquisa e acadêmica, até a luxuriosa arte contemporânea, onde a beleza masculina crua é tema ou contexto de inquietações. O padrão de beleza foi alterado, mas não muito, nota-se. Mas o homem na arte perdeu a posição de herói grego, ou aspirante, e virou humano, de carne, muita carne. Virou objeto, como a mulher.
A mostra Masculin Masculin foi fruto de reclamação dos visitantes do museu que questionaram porque um dos mais famosos museus de arte do mundo não tinha uma exposição como a de Viena. Eis a resposta, grandiosa.