Gustavo Benevides, de 20 anos, um gato carioca de estudante Educação Física e sua companheira, a transexual Bruna Marx, 33 anos, estão em matéria do jornal O Globo esta semana expondo a realidade enfrentada pelos dois em nome do amor e da disforia de gênero dela.
Bruna é cearense e funcionária concursada do Ministério Público Federal, onde precisa se apresentar como homem no trabalho. Ela terá que se aposentar para poder operar e sonha em ser uma mulher. Ela conta que apanhou na infância e que sua vida mudou ao ser aprovada no concurso público que a levou para o Rio de Janeiro, aos 17 anos de idade. Outra guinada veio há um ano, quando passou a tomar hormônios e a se transformar.
A vida de Gustavo também não é fácil. Ao contar para os pais de seu amor por uma transexual, precisou sair de casa. “Fui de mala e cuia para a casa dela porque não tinha para onde ir. Meus amigos também se afastaram de mim. Eu, que sempre fui um cara muito reservado, passei a ser uma das pessoas mais olhadas na rua por ter me casado com a Bruna. Mas disso eu não abro mão”.
Eles pretendem abrir uma ONG de direitos humanos. O gato é um verdadeiro sonho e não esconde o amor que sente por sua amada: “As pessoas têm que nos respeitar, porque amar não é crime. Bruna é tudo na minha vida, e, em qualquer coisa que faço hoje, levo em consideração a minha mulher. Deixei de fazer um intercâmbio em Portugal para ficar com ela”, “Ela é tudo na minha vida”, conta ele.