Representantes de igrejas protestaram na sala da comissão quando a pauta foi colocada para discussão. A falta de consenso impediu a votação do projeto “Um dos argumentos que ouvi aqui hoje foi de que uma celebração religiosa pode ser realizada em um ginásio de esporte, que não é um templo. Nesse caso, como é que fica? Eles querem que fique mais clara essa questão” explicou o senador que atendeu ao pedido feito por líderes dos partidos.
O senador e pastor Magno Malta (PR-ES), que participou das modificações no projeto, diz que ainda está insatisfeito: “Acompanhamos o esforço do senador Paim. Realmente, não é matéria fácil. Nem vou entrar no mérito, mas não podemos deixar um legado infame para as gerações futuras. Queremos um texto que trate de tolerância e não de intolerância” afirmou o senador.
Depois da votação na CDH, o projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de ir a Plenário. Depois retorna para a Câmara, antes da sanção presidencial.
O Brasil é campeão mundial de assassinatos de homossexuais e registra altos índices de intolerância e violência. O assunto é visto como urgente pelos partidos, mas o tema é rejeitado pela bancada evangélica que tem aversão a qualquer direito conquistado pela comunidade LGBT. Com informações da Agência Senado.