Para presidente da ABGLT, políticos devem ser responsabilizados por crimes homofóbicos no país

Na semana passada, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) divulgou um documento polêmico em que afirma que “esse grupo deve ser responsabilizado pelas mortes, violência e discriminações que fazem vítimas milhares de brasileiras e brasileiros todos os anos.” O presidente da ABGLT, Carlos Magno, se referia aos deputados e senadores evangélicos que no dia anterior, mais uma vez, usaram as bancadas no Congresso Nacional para atrasar a promoção de cidadania de homossexuais no país.

O grupo dos deputados passou na última quinta feira duas emendas parlamentares contra os direitos gays (uma chamada para um plebiscito sobre o casamento gay e outra para derrubar a decisão do Conselho Nacional de Justiça que autorizou estas uniões) e votou contra outra proposta que previa direitos previdenciários aos homossexuais. Já no Senado, pastores abriram o berreiro contra a lei que puniria a homofobia no país, que acabou tirada de pauta.

“A forma como essa turma está reagindo ao Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006, que apenas acrescenta orientação sexual e identidade de gênero como motivos de discriminação e visa simplesmente combater o ódio, a intolerância e a violência dos quais a comunidade LGBT tem sido vítima no Brasil é de uma extrema insensibilidade” queixou-se Magno. “Esse povo dissemina inverdades para mobilizar seus fiéis contra a população LGBT. Este povo se utiliza do nome de Deus para iludir e enganar seguidores ingênuos para se enriquecer ilicitamente. Este, sim, é o mal maior por trás da fachada da falsa cruzada dessas pessoas que pregam o fundamentalismo. Transparência já nas contas das igrejas no Brasil, qualquer que seja sua denominação”, afirmou o militante.

 

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