O fato ocorreu no parque Líber Seregni, ao Norte da capital, quando o artista, que é afrodescendente, estava trajado de vestes femininas. Segundo relato de Royk, adultos começaram a criticar suas vestes dizendo que ele estava nu e que ali havia crianças e que ele não deveria fazer isso. Os adultos incitaram as crianças a jogarem pedras e a xingarem o artista de preto e marica, entre outros nomes, enquanto se armaram com paus e pedras e começaram a perseguir a equipe de produção pelas ruas da região. O grupo foi agredido mas sem ferimentos graves. Até uma mulher com uma criança no colo agrediu a produção de Royk que também gravava no local um documentário sobre violência e intolerância urbana.
Para o artista, o fato é isolado mas a violência e preconceito contra as minorias no país exigem que as leis sejam cumpridas. “Os afros e LGBT seguem sendo vulneráveis na sociedade, e não podemos seguir assim, avançando por um lado e retrocedendo em outros. A praça é um lugar público, um grupo só não pode se apoderar de um lugar, muito menos dessa maneira. Ainda existem casos de assassinatos de pessoas trans que não foram esclarecidos”, desabafou Royk.
Um vídeo da produção mostra o início do tumulto, quando as crianças começam a atacar a equipe, aparentemente a mando dos pais. Apesar da aparente inocência das imagens que mostra crianças jogando pedras sem muita força, o grupo do artista alega que posteriormente os adultos os perseguiram com barras de ferro e navalhas e a situação tomou outra proporção,
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