Curiosamente, o local é um conhecido como ponto de pegação gay e usado também para consumo de maconha.
Nota de Pesar
São alarmantes os índices de suicídio dentre as populações jovens de lésbicas, gays e travestis. Segundo dados da Universidade Federal do Alagoas, as pessoas LGBT são mais propensas a “quererem sumir”, índice que chega a 78% das pessoas entrevistadas. Além disso, segundo a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, jovens LGBT têm até cinco vezes mais risco de cometerem suicídio que pessoas heterossexuais.
No que tange as mortes involuntárias, segundo dados dos movimentos sociais, apenas em 2014 no Brasil foram assassinadas 18 pessoas LGBT, demonstrando o crescimento dos índices de violência letal. De acordo com dados do “Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil: ano de 2012”, publicado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, as notícias de mídia divulgadas nos anos 2011 e 2012 mostraram que “as violações que resultam em morte detêm o maior percentual, somando 81,36%.
O recente assassinato do jovem Kaique em São Paulo tem mobilizado a comunidade LGBT. Kaique foi encontrado morto após uma noite de balada com todos os dentes arrancados. Segundo o deputado federal Jean Willys “[em 2012,] 338 pessoas foram assassinadas por serem gays, lésbicas, travestis ou transexuais no Brasil, 27% mais que no ano anterior, que registrou 266 homicídios homo/lesbo/transfóbicos, 317% mais que em 2005”.
Nesse quadro de extrema hostilidade contra pessoas LGBT que transversaliza classe, gênero, deficiência, raça, etnia, o NIGS/UFSC vem a público reafirmar seu compromisso na construção de estratégias de combate à homofobia, estímulo à denúncia, apoio, solidariedade e justiça.
À família e aos amigos do jovem Alex Sobral enviamos nossas sinceras condolências, compartilhando a dor da perda de mais uma promessa criativa da comunidade LGBT que “quis sumir” do contexto violento em que vivia. Sua perda, para além da dor da família e amigos, é também uma perda social pois foi um jovem que estudou em nossa universidade pública e não teve tempo de devolver à sociedade brasileira os conhecimentos obtidos em sua formação de excelência na UFSC. Trata-se portanto de uma perda que nos afeta a todos e todas enquanto comunidade universitária.