No primeiro fim de semana durante os Jogos Olímpicos de Inverno, um show da casa virou notícia em todo o mundo. De repente, durante a apresentação de uma das drags, o som e as luzes foram cortados, um policial entrou com uma lanterna e começou a ameaçar a plateia e a apontar a luz na cara das pessoas. O homem fardado então puxou sua calça e camisa e ficou apenas de cueca, e começou a dançar ao som de “I like the way you move”. O público, até então tenso e assustado, foi ao delírio. A casa reúne em seu staff garçons que transitam apenas com ombreiras fashion e sunga, drags glamorosas e ambiente chique decadente com bandeiras do arco-íris e fotos de modelos masculinos de cuecas. A casa abre diariamente das 19h às 7h como bar com shows e aos fins de semana tem DJs e pista. Para entrar na casa é preciso ter mais de 21 anos.
O lugar é discreto, próximo a rua da orla, com vista para o Mar Morto, sem placas, pois desistiram de tanto que foram depredadas, vizinho a clubes de strips de mulheres. Talvez a Mayak ainda esteja aberta para ajudar na propaganda do governo, mostrar que a homofobia não é tanta e ainda há alegria gay no país. Um ambiente que não condiz com a realidade russa de medo e opressão. Vai ver por isso os gays não frequentam mais o lugar que faz a alegria de héteros e turistas, alheio ao mundo real do lado de fora.