Os gays irão se identificar com a campanha “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha” contra a Aids do Ministério da Saúde para o Carnaval deste ano. Apesar de não ser voltada em nenhuma de suas peças com exclusividade à comunidade gay jovem, principal foco de aumento da epidemia, a campanha inteligentemente trabalha alguns conceitos novos como “alternativo” e “diferente”, mostra imagem de parada gay, e os personagens, masculinos, não são heterossexuais ou homossexuais explicitamente. A campanha é sagaz em driblar o conservadorismo que todos os anos abre crítica ao enfoque gay (necessário) das campanhas do departamento de Aids, mas será que ela vai ser eficaz o suficiente contra a epidemia?
Em uma das peças, Juca, um rapaz de perfil “moderno e non sense” usa roupas diferentes mas não se importa, pois sempre leva camisinha. Na outra, um playboy magia fala dos tipos de festa e lança o mote da campanha “Se tem festa, festaço ou festinha, não importa, tem que ter camisinha”. O recado é: faça o que quiser mas use camisinha e faça o teste. Sem famosos ou marchinhas, este ano a campanha está sim diferente. A campanha é bem urbana, foca no jovem, mas fala pouco de sexo e infecção.
A campanha deste ano irá distribuir 104 milhões de preservativos na primeira remessa. A medida tem como objetivo estimular o uso da camisinha durante as principais festas realizadas no país. A campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids do carnaval deste ano será estendida a todos os grandes eventos e festas populares, como São João e a Copa do Mundo. Com o slogan “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, a mobilização pretende alertar para a prevenção nos momentos de divertimento. A campanha, que é dirigida à população em geral – na faixa etária de 15 a 49 anos – foi apresentada nesta terça-feira, dia 25, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília.
“Estamos reforçando a ideia de que a prevenção deve ser feita durante todo o ano, e não apenas no carnaval. Além disso, reafirmamos a necessidade de trabalhar com todos os grupos da sociedade, independente de faixa etária ou gênero, ou seja, o alvo é população brasileira sexualmente ativa”, afirmou o ministro. Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Olinda receberão ações diretas do Ministério com a distribuição de folhetos, acompanhados de porta-camisinhas, bandanas, camisetas e preservativos. Em 2013, durante todo o ano, o Ministério da Saúde distribuiu 610 milhões de preservativos para todo o país.
Confira as peças da campanha: