O colunista equivocado é o dono do jornal. Um jornal que tinha como missão a oposição mas que de uns tempos para cá vem mudando de tom. Um jornal que fala palavrões e usa de artifícios do jornalismo de má qualidade. A liberdade de expressão é linda, e o jornalista tem todo o direito de expor a sua ignorância. Cada um sabe para o público que fala e cada público tem direito de escolher o que lê.
Gays podem se beijar e se abraçar onde quiserem, assim como os heterossexuais, é lei, artigo 5° da Constituição. Cada família que tem um membro homossexual pode escolher entre renegar ou amar este ser. Bem como se ele nascer com qualquer característica. Ninguém é obrigado a virar gay para apoiar os gays, como não se pode esperar que as pessoas ignorantes virem sábias para entender que o direito de um termina onde o do outro começa. Em locais públicos, todos temos os mesmos direitos. Todos respondemos por nossos atos e todos devem saber que pagar mico, seja dando um beijo em um local inadequado ou fazendo um comentário preconceituoso, é direito de todos.
O “jornalista” – já que ele colocou os gays como “homens” entre parênteses, deveria valorizar mais os gays e lésbicas colaboradores do Impacto ou que escrevem em seu jornal, ou leem as baboseiras ali escritas e ainda que anunciam neste negócio. Os mesmos gays que devem ter o direito de se verem na TV, de manifestarem seu amor ao outro quando desejarem e de casar, constituir família e tudo o que for possível. Estes pagam impostos e são cidadãos brasileiros com iguais deveres e direitos. Acreditar que os homossexuais devem se esconder é preconceituoso. Se não quer ver um beijo gay, muda de canal. Quem não gosta de ver gente feia ou cafona não pode argumentar que elas deveriam se portar diferente ou ficar em casa para o seu deleite ignorante.
A homofobia (e todo preconceito) é, antes de tudo, egoísta e mesquinha. Todos temos o direito de expressar nosso pensamento, mas alguns, por educação e respeito ao próximo, deveriam jamais sair de algumas cabeças.
Allan Johan – Editor
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