Justiça nega recurso em processo do pastor Silas Malafaia contra o militante Toni Reis

O ex-presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, ABGLT, Toni Reis, de Curitiba, comemorou no fim de semana a vitória em segunda instância no processo movido pelo Pastor Silas Malafaia por calúnia e difamação contra o militante gay. No último dia 29, o Colégio Recursal do Rio de Janeiro negou provimento ao recurso de Silas Malafaia, já indeferido em primeira instância. O motivo do processo foi a um ofício da ABGLT ao Ministério Público Federal em que pede investigação ao pastor por dito no programa de TV “Vitória em Cristo” que era para a Igreja Católica “entrar de pau” e “baixar o porrete” nos “caras da parada gay” de São Paulo por ele ter considerado que eles teriam “ridicularizado” os santos católicos. 
 
A defesa argumentou que “não pode ser considerado como criminoso o exercício regular de direito de denúncia”, afirmando que a ABGLT, representada por Toni Reis, se limitou a solicitar que o Ministério Público (MP) estudasse o caso. Para o advogado Paulo Iotti, Malafaia  não conseguiu demonstrar como o exercício regular do direito de denúncia poderia ser considerado “criminoso”.
 
Silas Malafaia também não explicou que suas críticas eram a uma campanha intitulada “Nem Santo Te Protege. Use Camisinha”, utilizada na Parada do Orgulho de São Paulo de 2011, em que se mostravam homens bonitos com ares de santo, com o propósito de promover o sexo seguro. A decisão deve ser publicada antes do Carnaval e arquiva o processo movido pelo pastor.
 
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