Oliveira era assessor de imprensa do deputado e afirmou, nesta quarta-feira em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, que irá sua versão sobre um vídeo de apoio ao pastor. Na declaração inicial, Oliveira diz que mentiu, orientado pela equipe do deputado, sobre desconhecer a autoria do vídeo. Ele afirma que o vídeo foi realizado a mando de Feliciano por sua equipe e terceiros. “Ele adorou, comprou a ideia e mandou realizar o vídeo, inclusive aprovou por e-mail, só não queria assumir como nosso”, acusa o ex funcionário. O vídeo teria sido criado pela WAP TV Comunicação, agência da qual o deputado é cliente.
O vídeo publicado no ano passado mostra cenas de tensão em sessões presididas por Feliciano na Comissão de Direitos Humanos em que colocam o militante Toni Reis como agressor de um idoso e o deputado Jean Wyllys afirmando que “os orixás me colocaram nesse mandato”. Segundo o ex assessor, o vídeo fazia parte de um plano maior do deputado, não levado à cabo. O assessor não revelou porém quais seriam os objetivos desse plano.
No ano passado, os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Érika Kokay (PT-DF) e Domingos Dutra (SDD-MA) entraram com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) acusando o pastor de promover uma campanha de difamação. Em seguida, o caso foi para o Supremo Tribunal Federal (STF) que solicitou a abertura de inquérito na Polícia Federal. As pessoas citadas no vídeo pretendem abrir processo civil contra o deputado pedindo indenizações após as novas revelações e ainda encaminhar um processo de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara, que poderá causar a perda do mandato do deputado paulista, se for comprovada a participação do parlamentar no esquema.
Marco Feliciano negou as acusações e afirmou que os funcionários de seu gabinete citados como fantasmas atuam como voluntários em sua igreja. Parece que o deputado vai ganhar mais mídia do que esperava desta vez. O militante Toni Reis, atacado no vídeo, afirma que vem recebendo ameaças pela internet desde que ele foi postado e que desde o início desconfiava que o deputado estava por trás do material criminoso.
Na semana passada Feliciano amargurou o arquivamente de uma denúncia contra o programa “Encontro”, da Rede Globo. Segundo o deputado a atração teria violado a calssificação indicativa ao abordar crianças filhos de homossexuais. Além do arquivamente, o departamento de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça ainda elogiou a forma que o tema foi abordado.